O União Brasil, que deve surgir da fusão entre PSL e DEM, se divide entre a aliança com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos). A sigla ainda avalia lançar um nome próprio para disputar a Presidência da República. O cotado é o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), atual presidente do PSL. Ainda que não tenha apelo popular, a apresentação do nome de Bivar é uma forma do União se fortalecer na negociação com outras siglas.
Em entrevista à Arko Advice, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), líder do Democratas na Câmara, disse que o lançamento de candidaturas ou o apoio a outros candidatos deve ser debatida logo após a aprovação da fusão pelo Tribunal Superior Eleitoral. “Por enquanto o foco é nas bancadas do Congresso Nacional e nos quadros para as eleições de governador, que esperamos ter cerca de 10 candidaturas competitivas”, disse.
Outro fator importante na definição de candidatos será a janela partidária, período em que os deputados podem mudar de partido sem perder o mandato. Efraim Filho calcula que, entre novas filiações e saídas, a bancada do União na Câmara deve ter de 60 a 70 deputados. Hoje, o PSL tem 55 deputados federais e o DEM, 26, totalizando uma bancada de 81 deputados. Mesmo com essa redução, se o cálculo do líder se concretizar, o União deve herdar do PSL a posição de maior bancada da Câmara.
De acordo com o deputado, o partido deve apostar na reeleição nos estados de Ronaldo Caiado (DEM-GO), Mauro Mendes (DEM-MT) e Marco Rocha (PSL-RO). O União também deve lançar nomes na Bahia, Santa Catarina e Pernambuco, por exemplo.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar hoje (8) a fusão DEM-PSL. A partir das 19h, os ministros vão decidir pela homologação ou não da nova legenda. O relator do processo na Corte é o ministro Edson Fachin.
Efraim se mostrou confiante na aprovação da fusão dos partidos. “Com esta aprovação, será definitivamente homologada a fusão e criado o União Brasil em substituição ao Democratas e PSL”, disse.