O desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, suspendeu na última sexta-feira as investigações da Operação Greenfield, do Ministério Público Federal, contra o atual ministro de Estado da Economia, Paulo Guedes, investigado por suspeita de fraudes de investimentos entre fundos de pensão ligados a empresas estatais e a empresa BR Educacional Gestora de Ativos, ligada diretamente ao ministro.
Como a suspensão tem valor por 40 dias, ficou marcado para 22 de setembro o julgamento para que a 3ª Turma do TRF diga se a apuração deverá ou não prosseguir. Bello atendeu a pedidos dos criminalistas Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, contratados para defender Guedes no caso, e, no despacho, ainda consta que deverão ser encaminhadas ao tribunal cópias de todos os relatórios técnicos, comunicações e ofícios sobre os fatos investigados até agora, e que os inquéritos da Polícia Federal abertos a pedido do MPF sobre o mesmo também estão suspensos até 22 de setembro – data na qual será julgado o habeas corpus do ministro Guedes.
Segundo o magistrado, a decisão não afasta suspeitas sobre Guedes, mas que a celeridade do processo decisório do sistema judiciário brasileiro deve ser prevalente, uma vez que o investigado é uma alta autoridade do Poder Executivo do país.