A LDO fica mesmo para agosto?
Exatamente. Enquanto a gente não decidir a Reforma da Previdência, não vamos começar com a LDO, nem na Comissão, nem no plenário do Congresso Nacional. Então teremos um recesso branco. Como a LDO determina o recesso, caso ela não seja votada não terá recesso para que a gente conclua as votações da Reforma da Previdência.
Houve certa polêmica em relação à previsão de reajustes para os servidores públicos. Como está essa questão?
Sobre a questão do servidor público a gente deu o tratamento que o governo deu aos militares. Isso é uma decisão. Eu havia comentado com o ministro Paulo Guedes, na primeira audiência pública que a gente fez na Comissão Mista de Orçamento, que eu não achava justo. Há uma defasagem na questão dos militares, mas há outras carreiras civis que também estão defasadas. Essa é uma decisão que o governo tinha tomado a partir das suas ideologias. O Parlamento é plural, é soberano. Eu, como relator, autorizei que os civis possam ter aumento. Claro que isso não quer dizer que vai ter aumento para os militares e que também vai ter aumento para o civil. Estamos dando a possibilidade para que o governo corrija o salário de outras categorias caso as contas públicas melhorem. Entendemos as dificuldades pelas quais o país atravessa. Consegui ontem aprovar aqui em primeiro turno uma Reforma da Previdência que com certeza vai dar fôlego no caixa do Brasil, principalmente para o ano de 2020. Então, se o governo entender que há possibilidade de dar esse aumento em 2020, não é o Congresso Nacional que vai impedir.
Como foi a interlocução com a equipe econômica?
Acabamos não tendo interlocução até os 45 minutos do segundo tempo. Eu não fui procurado pela equipe econômica até a sexta-feira, dia 5, quando fui procurado pelo secretário. Jamais faria qualquer tipo de decisão que prejudicasse as contas públicas. Eles elogiaram a peça apresentada e produzida por mim e pela Comissão Mista de Orçamento. Agora vamos aguardar.