A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) está negociando sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). À Arko Advice, um dos integrantes do PSB na Câmara dos Deputados afirmou que a sigla está “evoluindo” nas negociações com a parlamentar. O PSB é o mesmo partido do namorado de Tabata, o prefeito de Recife, João Campos. Procurada, todavia, Amaral não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Tabata, que atualmente está no mesmo partido de Ciro Gomes, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), alegou ter sido perseguida em sua atual sigla após votar favoravelmente à reforma da previdência em 2019. Na época, o PDT foi contrário ao projeto.
Após o voto que contrariou a orientação do partido quanto à proposta, o PDT decidiu suspender as atividades da deputada por um período de 90 dias, além de retirá-la da vice-liderança do partido na Câmara e de proibi-la de ocupar assentos em comissões ou votar nas assembleias da Casa.
De acordo com a deputada, os parlamentares do PDT que votaram pela aprovação da matéria tornaram-se alvo de processo interno na Comissão de Ética da agremiação, sob a alegação de infidelidade partidária. Segundo Tabata, o objetivo do PDT era a cassação dos mandatos parlamentares dos supostos infiéis ao partido.
No entanto, como previsto na legislação brasileira, nenhum parlamentar pode mudar de partido sem uma “justa causa”. Buscando o direito, Tabata recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o ocorrido com o objetivo de se desfiliar do PDT.
No início de 2021, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que a deputada Tabata Amaral, eleita em 2018 pelo estado de São Paulo, pode deixar o PDT sem perder o mandato na Câmara Federal. Os ministros entenderam que “a discriminação praticada pela agremiação e o afastamento da parlamentar das atividades partidárias podem ser considerados justa causa para a desfiliação da legenda”.