Sustentabilidade, preços… Confira as principais falas de Magda Chambriard após posse na Petrobras

Durante coletiva de imprensa, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou estar de acordo com a política de preços adotada pela estatal. Além disso, enfatizou que a empresa tem o papel crucial de preservar a estabilidade do mercado interno, evitando flutuações bruscas que poderiam prejudicar os consumidores brasileiros. As declarações ocorrem nessa segunda-feira (27).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

– A Petrobras sempre funcionou acompanhando uma tendência de preços internacionais. Ora um pouquinho mais alta, ora um pouquinho mais baixa. O que é altamente indesejado é você trazer para a sociedade brasileira uma instabilidade de preços todos os dias. A Petrobras sempre zelou por esta estabilidade – defendeu Chambriard.

Desde maio do ano passado, a Petrobras abandonou o Preço de Paridade Internacional (PPI), adotado desde 2016, que vinculava os preços nacionais aos valores do mercado internacional com base no preço do barril de petróleo tipo Brent, cotado em dólar. Essa mudança visava “abrasileirar” os preços dos combustíveis, como prometido pelo presidente Lula durante sua campanha eleitoral.

– É justo eu cobrar de um produto que eu não importo o mesmo preço de um produto do mercado internacional que paga preço de frete, de seguro, de risco de importação, de ganho de importador? – questionou Magda, destacando a nova formulação de preços que considera as referências do mercado interno.

Foto: Freepik

Ainda, Chambriard ressaltou os desafios que a Petrobras enfrenta. Entre eles estão a segurança energética e a transição para uma economia de baixo carbono. A presidente reafirmou o compromisso da empresa de zerar as emissões de carbono até 2050, buscando ser rentável e sustentável. “Vamos respeitar a lógica empresarial”, frisou.

Fertilizantes é uma das prioridades de Magda Chambriard

Entre as prioridades da Petrobras, está o desenvolvimento da indústria nacional de fertilizantes. Chambriard mencionou o contrato com o Grupo Unigel, que está sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e ressaltou a importância de um mercado estruturado e lucrativo para a expansão da empresa nesse setor.

Outro ponto crucial foi a exploração de petróleo na Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. Com um investimento de US$ 3,1 bilhões de dólares previsto no Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras planeja perfurar 16 poços nos próximos quatro anos.

Amazônia – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Segurança energética do país

No entanto, a exploração na foz do Rio Amazonas enfrenta resistência do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e grupos ambientalistas, preocupados com os impactos à biodiversidade. Apesar das dificuldades, Chambriard defendeu o avanço das atividades exploratórias como essencial para a segurança energética do país.

– O MMA precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética. Tem muito investimento sendo feito na direção do net zero: projetos grandiosos de captura de CO2, produção de energia renovável e derivados e petróleo verdes, esforços na direção do hidrogênio. Vamos investir nessa diversidade de geração de energia – explicou a presidente da estatal.

 

 

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