Embora falte mais de um ano e quatro meses para as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, a disputa já está em curso nos bastidores. Independentemente da coloração ideológica dos futuros comandantes das Casas, mais do que nunca a principal característica demandada pelos eleitores é a defesa intransigente das prerrogativas do Legislativo frente aos outros Poderes.
Na Câmara, diferentemente do que ocorreu na eleição do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), eleito praticamente por aclamação, o que se desenha é uma divisão em polos. Lira vai capitanear um grupo que apoiará o parlamentar a ser escolhido por ele. Por ora, o mais cotado é o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Embora Elmar seja visto com reservas por uma parcela dos deputados, o fato de contar com um padrinho poderoso o torna favorito na largada.
De outro lado, o bloco partidário que reúne PSD, Republicanos e MDB deve fazer o contraponto a Lira e seus aliados. Nesse grupo, cada partido tem um nome sendo ventilado. O vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (SP), é o representante do Republicanos. Pelo PSD, o nome é o do líder Antônio Brito (BA). E, pelo MDB, o favorito é o também líder Isnaldo Bulhões (AL).
Não se descarta a possibilidade de a oposição (PL e Novo) ter candidato, caso entenda que os postulantes se inclinarão ao governo Lula. O PSOL, como de praxe, deve lançar candidato para marcar posição, já que não se sente representado pelos demais grupos.
No Senado, a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também é concorrida entre núcleos de peso. O expresidente Davi Alcolumbre (União-AP) é um virtual candidato. Ele espera contar com a retribuição de Pacheco, por conta do apoio dado em suas eleições à presidência da Casa. Porém, o PSD, partido de Pacheco, também pode lançar candidato. O nome que circula nos corredores é o do líder Otto Alencar (BA). Comandante da maior bancada do Senado, Alencar é um dos nomes de maior trânsito entre os pares.
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O MDB postula igualmente disputar a vaga. O líder Eduardo Braga (AM) e o ex-presidente Renan Calheiros (AL) são opções. Correndo por fora, surge o nome do vice-presidente da Casa Veneziano Vital do Rego (PB). E a oposição também pode ter candidato: Rogério Marinho (PL-RN) ou Tereza Cristina (PP-MS).