Sem favorito… Lula ainda não decidiu substituto de Aras na PGR

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na próxima terça-feira (26), chegará ao fim o mandato de Augusto Aras na Procurador-Geral da República (PGR). Mas até agora, não se sabe o substituto. Isso porque o mais cotado ao cargo, Antônio Cargos Bigonha, não agradou totalmente ao presidente Lula na conversa que tiveram.

Até aqui são três postulantes. Um deles, o próprio Augusto Aras, está descartado por ter seu nome muito ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Assim ficariam na corrida ao cargo, o principal posto do Ministério Público Federal, Antônio Cargos Bigonha e Paulo Gonet.

Lula sinalizou ao seu entorno que Bigonha, nome apoiado pelos petistas, não o agradou. Com isso, mais um nome entrou na pauta: Aurélio Virgílio Veiga Filho. O também subprocurador é considerado da mesma linha de Bigonha, que já trabalhou como assessor de Sepúlveda Pertence. Além disso atuou em pautas alinhadas à esquerda.

Lula ainda pode ouvir os principais candidatos novamente. Espera-se que uma decisão seja tomada nos próximos dias. Afinal de contas, no dia 26/9 terminará o mandato de Augusto Aras.

Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

Discurso defensivo na saída da PGR

Se o substituto de Augusto Aras ainda é uma incógnita, o Procurador-Geral da República vem usando seus últimos dias no posto para se defender de rótulos que lhe foram lançados ao longo dos últimos anos. 

Em sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (21), Aras afirmou que os últimos anos à frente do cargo foram de “desafios”, “falsas narrativas” e “incompreensões”. Para o procurador, o trabalho realizado pela PGR manteve-se imparcial politicamente.

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“Ao Ministério Público, tal como ao Judiciário, a Constituição veda expressamente a atividade político-partidária. Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda, mas garantir a todos Justiça, liberdade, igualdade e dignidade, no âmbito da Ordem Jurídica”, afirmou ele.

As marcas da gestão de Aras foram a omissão em denúncias contra o combate à pandemia por parte do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o desmonte das bases da Operação Lava Jato. Mas o ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, enalteceu o currículo e o trabalho de Aras em nome do STF.

“Todo esse conhecimento e essa experiência em matéria constitucional levou Aras a se tornar líder, com maestria, do Ministério Público Federal”, disse Gilmar Mendes.

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