Uma das maiores prioridades da pauta econômica do governo, a reforma tributária, será votada pela Câmara dos Deputados na próxima semana, de acordo com o relator da PEC 45/19, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Essa deve ser a última etapa da tramitação antes da promulgação.
Mas, para isso acontecer, os deputados devem estar de acordo com o texto aprovado pelo Senado Federal, o que pode ser um obstáculo. Isso porque, alguns parlamentares, já manifestaram publicamente serem contra alguns pontos do texto, em especial, em relação à Zona Franca de Manaus. A justificativa é que alguns estados seriam prejudicados por este ponto.
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O governador de São Paulo (SP), Tarcísio de Freitas (Republicanos), já se manifestou dizendo que deve orientar os deputados paulistas e a bancada do Republicanos a destacarem alguns pontos da redação. Freitas esclareceu que o texto aprovado pela Casa Alta, não está de acordo com os interesses dos paulistanos.
“O texto que veio do Senado traz algumas distorções que afrontam frontalmente a indústria paulista. Temos a maior base industrial do Brasil e temos algumas ineficiências que a gente precisa corrigir, não dá para topar, a gente precisa lutar para restabelecer a coisa como ela vinha, porque se a gente tem uma reforma tributária e o objetivo dessa reforma é eliminar a guerra fiscal, a gente não pode trazer a guerra fiscal para dentro do texto constitucional”, disse o governador.
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Essas discordâncias, podem atrasar ainda mais a agenda econômica do governo, e adiar a votação da PEC 45/19 por mais uma semana.