PSDB decide não apoiar reeleição de Ricardo Nunes em SP

Por 9 votos a 2, o diretório municipal do PSDB em São Paulo (SP) decidiu que não irá apoiar a candidatura do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição. A decisão dos tucanos é uma consequência da aproximação de Nunes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Especula-se que Bolsonaro trabalha para indicar o coronel Mello Araújo como vice do prefeito.

Ao invés de apoiar Ricardo Nunes, o diretório municipal decidiu apostar em Tabata Amaral – Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Ao invés de apoiar Ricardo Nunes, o diretório municipal decidiu apostar neste ano em uma candidatura própria na disputa da capital paulista ou apoiar a pré-candidata do PSB, Tabata Amaral.

A viabilização de um nome do ninho tucano ou as negociações para a composição da chapa com a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) ainda estão em fase de conversas na Executiva Municipal, que neste ano elegeu o ex-senador José Aníbal como presidente municipal da sigla.

A decisão da Executiva de São Paulo deve causar a debandada de vereadores da legenda, que apoiam a reeleição de Nunes em SP. Pelo menos seis, dos sete vereadores eleitos pelo tucanato no pleito de 2020 devem abandonar a legenda.

O presidente do partido, o ex-senador José Aníbal, declarou que o PSDB quer protagonismo nas eleições municipais. Tentamos por três semanas conversar com o Ricardo Nunes, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi e até o ex-presidente Michel Temer. No entanto, eles nem consideraram a hipótese de sermos vice. Agora, vamos por outro caminho.

Bolsonaro e Ricardo Nunes – Foto: Divulgação/PL

Tucanos pró-Nunes já questionam a validade da votação e sustentam que a decisão sobre a posição do partido na eleição municipal deve ser tomada pelo presidente da federação PSDB-Cidadania, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB).

Reagindo a decisão do diretório municipal do PSDB, os oito vereadores tucanos na Câmara Municipal se desfiliaram do partido, ampliando a crise na legenda. Os tucanos, assim, poderão ficar sem representação no Legislativo paulistano após o fechamento da janela de filiações, em 5 de abril.

A única possibilidade de manterem um solitário parlamentar é se Carlos Bezerra Jr,. atual secretário municipal de Assistência Social, ficar no partido. Ele é vereador licenciado e deve retomar o mandato na semana que vem para disputar a reeleição. Ao Painel, disse que ainda está avaliando se permanecerá no PSDB.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Já saíram Aurélio Nomura (para o PSD), Rute Costa (PL), Sandra Santana (MDB) e Beto Social (Podemos). Gilson Barreto, Fábio Riva e João Jorge devem entrar no MDB na semana que vem. Xexéu Tripoli também aderiu à debandada, mas ainda não escolheu seu destino.

Entre as razões citadas pelos vereadores estão a instabilidade crônica na legenda, a falta de definição sobre a chapa de vereadores e sobretudo a relutância em apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

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