Dentro do PSD, se comenta que a sigla deve ser um dos principais destinos dos parlamentares que vão deixar seus partidos por estarem descontentes com reposicionamentos, fusões e federações neste ano eleitoral. O PSD espera receber pelo menos 12 deputados tanto de partidos pequenos, que procuram agremiações maiores para ter mais chances nas eleições, como de dissidentes do União Brasil e do PL, por exemplo. Foi o caso do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), que se filiou na quarta-feira (10) ao PSD.
Para manter esse poder de atração, o partido tenta consolidar seu posicionamento de centro, de modo a atrair descontentes provenientes tanto da esquerda como da direita. Esse direcionamento pode ser notado na fala de nomes importantes do partido.
“O Brasil não cabe dentro de estereótipos. Não cabe dentro de esquerda nem de direita, porque é um país diverso. Existem bandeiras que não pertencem nem à direita nem à esquerda. A quem pertence o direito ao trabalho, o direito de comer, a defesa do meio ambiente? São pautas que nos unem”, declarou Marcelo Ramos no evento de filiação.
Ramos deixou o PL após a chegada de Jair Bolsonaro e o plano de “bolsonarização” do partido começar a tomar forma. Com a mudança de Marcelo Ramos, agora tanto a presidência como a vice-presidência do Congresso Nacional são controladas por parlamentares do PSD.