Após 70 dias de paralisação, professores das universidades e institutos federais decidiram encerrar a greve e retomar suas atividades. O acordo, firmado entre o Comando Nacional de Greve e o governo federal, prevê reajuste zero em 2024 e aumento linear entre 9,2% e 12,8% até 2026, a ser dividido em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Embora o acordo não atenda plenamente às reivindicações iniciais da categoria, o Andes – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – considerou que os termos representam “avanços”. Além disso, o sindicato destacou que a conjuntura atual limitou o alcance das negociações.
“As propostas do governo não atendem adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas”, afirma o Andes em nota. “No entanto, os termos do acordo refletem avanços que só foram possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura aponta para os limites desse processo negocial.”
Greve chegou no “limite”
Por fim, os trabalhadores encerrarão oficialmente a greve nesta segunda-feira (24) e devem finalizá-la completamente até 3 de julho. Segundo o Andes, a paralisação “alcançou o limite” e o sindicato continuará buscando outras formas de luta para novas reivindicações.
Na semana passada, o comando nacional da greve havia solicitado aos docentes que votassem se aceitavam ou não as propostas apresentadas pelo governo federal. As assembleias locais, portanto, decidiram o futuro das paralisações.
Iniciada no dia 15 de abril, a greve afetou 64 das 69 universidades federais do país. De acordo com o Andes, a suspensão das aulas prejudicou milhões de estudantes