PoderData: Sucessão de 2022 fica indefinida

O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade de Ação de Graças, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A pesquisa divulgada hoje (17) pelo PoderData sobre a sucessão de 2022 mostra uma disputa polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT). A novidade em relação aos levantamentos anteriores é o fato de Lula (34%) aparecer numericamente à frente de Bolsonaro (30%). No entanto, como a margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

Nota-se que o retorno de Lula para a disputa mudou o cenário eleitoral e esvaziou outras opções eleitorais, ao menos por enquanto. O ex-ministro Sergio Moro aparece com apenas 6% das intenções de voto. Ele está tecnicamente empatado com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que registra 5%.

Há também um quadro de empate técnico entre o apresentador Luciano Huck, que soma 4%, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o empresário João Amoêdo (Novo), que contabilizam 3% das intenções de voto. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) aparece com 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 13%.

Lula e Ciro venceriam Bolsonaro no segundo turno

Outra novidade importante diz respeito às simulações de segundo turno. Lula venceria Bolsonaro (41% a 36%). Quem também venceria Bolsonaro é Ciro Gomes: 39% a 34%.

Nota-se que Jair Bolsonaro terá um segundo turno bastante difícil pela frente. Embora o presidente empate tecnicamente com Luciano Huck, Bolsonaro está numericamente atrás do apresentador: 40% a 37% em favor de Huck. Hoje, Bolsonaro venceria Doria (41% a 31%) e Moro (38% a 31%).

O agravamento da pandemia, assim como as crises econômica e social, atingiram o favoritismo de Jair Bolsonaro para 2022. Temos hoje uma sucessão bastante acirrada em que há muitas variáveis em aberto como, por exemplo:

1) a situação jurídica de Lula;
2) como Bolsonaro chegará politicamente no ano da eleição; e
3) o centro terá condições de viabilizar uma alternativa a polarização?

Todos esses aspectos tornam a disputa indefinida.

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