Petrobras: Haddad nega interferência de ministros na demissão de Prates

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a troca na presidência da Petrobras é “natural” e que a demissão de Jean Paul Prates foi uma decisão do presidente Lula (PT). Segundo Haddad, ele estava ciente da intenção de mudança desde que surgiram rumores na imprensa no mês passado e acompanhou o caso de perto. Além disso, enfatizou que, ao contrário do que foi divulgado, a decisão não sofreu interferência dos ministros.

Haddad – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

– É a maior companhia do país, é estratégica por várias razões, então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo – disse Haddad.

As falas ocorrem, nesta sexta-feira (18), em portaria do Ministério da Fazenda.

Ao ser questionado sobre sua participação na decisão, Haddad explicou que, embora tenha expressado sua opinião sobre a situação, não participou diretamente da decisão de demitir Jean Paul Prates. Ele destacou que a escolha foi exclusivamente de Lula, seguindo um padrão de decisões pessoais do presidente em situações similares.

– Uma coisa é você opinar, falar o que você pensa ou é a escolha do nome. Aí é uma escolha do presidente da República, uma escolha como foi em todas as ocasiões em que o Lula presidiu o Brasil. Uma escolha pessoal dele sem interferência de ministros, foi uma escolha pessoal dele – defendeu o chefe da pasta.

Queda de Prates na Petrobras

A demissão de Jean Paul Prates foi ventilada devido a divergências sobre a distribuição de dividendos extras da estatal. Enquanto Prates queria pagar os dividendos aos acionistas, Silveira defendia que os recursos fossem usados para investimentos. Haddad mencionou que, como ministro, foi chamado para ajudar a resolver a questão dos dividendos e que a situação foi bem resolvida. Ele destacou que a Fazenda está mais envolvida, com assento no conselho da Petrobras, mas reiterou que a decisão final foi do presidente Lula.

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