Pela segunda vez, o ministro da Justiça, Flávio Dino, não compareceu à convocação da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. O ministro era aguardado em audiência pública nesta terça-feira (24) para prestar esclarecimentos. No dia 10 de outubro, quando o ministro não compareceu ao primeiro convite da comissão, os deputados aprovaram mais 20 requerimentos para a convocação do ministro.
Dino assinou ofício, nesta manhã, relatando agressões verbais de parlamentares em sessões anteriores do colegiado. Além disso, o ministro relembrou que a sua participação na comissão em abril foi encerrada pelo presidente Sanderson (PL-RS), para conter a “desordem” e “agressões generalizadas”.
Com essas justificativas, o ofício conclui: “Esses fatos objetivos levaram a que o setor de segurança deste Ministério recomende o não comparecimento à citada convocação, à vista do elevado risco de agressões físicas e morais, inclusive com ameaças de uso de arma de fogo.”
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O presidente da comissão, deputado Sanderson, afirmou que Dino vai responder pela ausência. “Ele hoje, de novo, devidamente convocado, não comparece e agora vai com certeza responder, de acordo com a constituição e a legislação brasileira”, afirmou. “A mesa diretora da comissão vai representar requerimento de responsabilidade ao PGR (Procurador Geral da República) para que ele responda”, completou.