No G20, Brasil reafirma combate ao racismo

O Brasil reforçou o compromisso com a luta contra o racismo e as desigualdades raciais na reunião do G20, realizada nesta terça-feira (23) no Rio de Janeiro. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a importância da igualdade étnico-racial em discurso de abertura da segunda sessão sobre Combate às Desigualdades e Cooperação Trilateral.

Reunião do G20 ocorre desde segunda-feira no Rio de Janeiro – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Brasil segue comprometido em promover a igualdade étnico-racial, que é um imperativo para construir um mundo mais justo e sustentável,” afirmou Vieira.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, presente no painel, enfatizou que o combate ao racismo deve ser um esforço global.

Resolver um problema sistêmico, estrutural e histórico não é tarefa apenas para um único ministério ou sequer um único país,” disse Franco.

Ambos os ministros destacaram a importância do compromisso brasileiro, reiterado na Assembleia Geral da ONU em 2023, quando o presidente Lula (PT) propôs a criação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

G20 discute Agenda 2030

Viera também sublinhou a prioridade da erradicação da pobreza, mencionando que o mundo ainda está distante das metas da Agenda 2030 da ONU. Assim, ele ressaltou que a desigualdade global aumentou desde 2020, citando dados da Oxfam e o índice de Gini, que mede a concentração de renda.

Franco complementou afirmando que as nações devem agir com urgência para garantir dignidade e oportunidades básicas para todos. Ela também antecipou o lançamento da Agenda de Enfrentamento à Fome e à Pobreza, com foco em mulheres negras. Além disso, o programa contará com um investimento de mais de R$ 330 milhões em políticas públicas.

A reunião do G20 começou na segunda-feira (22). Na quarta-feira (24), terá o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com a presença de Lula.

Por fim, o G20 é composto por 19 países e a União Europeia, representando cerca de 85% do PIB global. Esta é a primeira vez que o Brasil preside a cúpula no atual formato.

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