O comissário de comércio da União Europeia, Valdis Dombrovskis, tomou a decisão de cancelar sua viagem programada ao Brasil, onde pretendia finalizar um importante acordo comercial entre a UE e o Mercosul, grupo de países sul-americanos. Esta decisão surgiu em um contexto onde as possibilidades de selar o acordo dentro do ano corrente começaram a parecer cada vez mais remotas.
Originalmente, Dombrovskis tinha agendado sua presença no Rio de Janeiro para um encontro significativo com as nações integrantes do Mercosul, que compreendem Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, marcado para o dia 7 de dezembro. Este encontro tinha como objetivo principal avançar nas negociações do acordo comercial, que já se estendem por quase duas décadas.
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Contudo, o acordo, altamente antecipado e considerado um marco, enfrentou uma série de obstáculos e desafios recentemente. Um dos mais notáveis foi a mudança política ocorrida na Argentina, que gerou incertezas quanto ao futuro das políticas comerciais do país. Além disso, a situação se complicou ainda mais com a oposição pública do presidente francês, Emmanuel Macron.
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A resistência de Macron, motivada em grande parte pelo receio de uma concorrência intensa com o setor de agronegócio brasileiro, levou a uma tentativa de sabotagem do acordo. Essa postura do presidente francês gerou uma onda de desapontamento e frustração no lado brasileiro, visto que as negociações já se arrastam por um longo período e havia uma expectativa de fortalecimento das relações comerciais e políticas. A atitude da França não apenas estremece as relações bilaterais com o Brasil, mas também tende a enfraquecer a posição do Mercosul no cenário internacional, prejudicando a imagem e a influência do bloco em futuras negociações e acordos comerciais globais.