Em 2021, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, lançou o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a Presidência da República. No final, diante das dificuldades nas negociações regionais e da disputa polarizada entre o então ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), a legenda optou por não apresentar candidato.
Em 2025, o partido deixará a presidência do Senado. Por isso Kassab está de olho na Câmara. Na festa de aniversário de 12 anos do partido, na semana passada, foi lançado o nome de Antonio Brito (BA), líder do PSD na Câmara, para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL). Não será uma disputa fácil. Hoje, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) é o nome preferido de Lira.
Kassab e alianças políticas
Kassab também defende o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), para concorrer à Presidência da República em 2026. Ratinho Júnior está no seu segundo mandato. Foi reeleito no primeiro turno em 2022 com 69,64% dos votos válidos.
Hoje, Kassab ocupa o cargo de secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro e um dos mais cotados para concorrer ao Palácio do Planalto com o apoio do ex-presidente.
Tarcísio, entretanto, age com cautela e não assume diretamente essa condição de candidato. A maior preocupação é evitar processo semelhante ao vivido por seu antecessor, João Doria, que assumiu a candidatura presidencial com muita antecedência e acabou sofrendo forte desgaste de popularidade em seu estado.
Kassab, pelo seu lado, defende que Tarcísio concorra à reeleição. De preferência, levando-o como vice. Assim, Tarcísio poderia ser uma opção em 2030 e Kassab poderia assumir o governo do estado em seguida.
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Apesar de contar com três ministérios no governo Lula (Agricultura, Minas e Energia e Pesca), o PSD não precisa fazer escolhas neste momento. Por continuar no governo até o ano da eleição. A opção pelo caminho a seguir dependerá do desempenho da legenda na eleição municipal do próximo ano e da disputa pelo comando da presidência da Câmara.