Durante agenda no Chile, nesta terça-feira (6), o presidente Lula (PT), criticou os bilionários que escolhem “colonizar Marte a cuidar da Terra”. Na ocasião, o mandatário do Brasil avaliou que “os devaneios de bilionários, que preferem colonizar Marte a cuidar da Terra, não substituem a ação e a orientação do estado”. A fala foi feita durante o lançamento da pedra fundamental de um novo centro espacial chileno.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
A critica, de forma indireta, ao empresário Elon Musk, que possui uma empresa na área espacial, não foi nem de longe a primeira alfinetada que o brasileiro dá ao bilionário, em abril deste ano, o presidente ratificou a fala que bilionários que projetam foguetes deveriam utilizar os recursos na preservação do meio ambiente. Em todas as vezes Lula não citou diretamente o nome de Elon Musk.
Além do ataque, Lula também criticou a desigualdade em investimentos na áreas: “O setor espacial é mais estratégico do que nunca para o desenvolvimento de uma nação. Não há atividade, hoje, que não demande infraestrutura espacial. As comunicações, a geração de energia, a navegação e mesmo o enfrentamento à mudança do clima dependem muito do espaço. Apesar da sua importância, o setor espacial é uma das áreas em que a desigualdade entre os países é mais gritante”.
Brasil e a tecnologia espacial
No evento, os governos brasileiro e chileno assinaram um memorando de entendimento sobre cooperação em atividades espaciais para fins pacíficos, com o objetivo de realizar intercâmbio de informações nas pesquisas da área.
O assunto parece agradar Lula, que durante o evento no Chile, destacou a importância do investimento em tecnologia espacial, citando que áreas como comunicações, meio ambiente, geração de energia e navegação dependem de infraestrutura no espaço. “Nos últimos anos, o setor espacial brasileiro sofreu com a negligência governamental. Agora, retomamos o investimento por meio de encomendas tecnológicas no valor de R$ 300 milhões. Vamos fortalecer a indústria espacial e gerar os empregos e a renda necessária”. disse o presidente, que volta ao Brasil, desembarcando em São Paulo.