Live da Arko Advice com o VP Hamilton Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão participou, nesta quarta-feira, de live com o CEO da Arko Advice Murillo de Aragão. A seguir, resumo dos principais pontos abordados pelo vice-presidente.

Economia do conhecimento: O Brasil precisa se incluir nesse tipo de economia, e na “destruição criativa” e assim prover melhorias fundamentais para o processo econômico brasileiro.

Sérgio Moro: O ex-ministro tem um papel importante na vida nacional – julgou de forma isenta o maior caso de corrupção da história do país. É uma figura de resiliência e seriedade e fez um bom trabalho como ministro. Entretanto, em relações de chefia e subordinado existem rusgas, e nesse caso levou à saída de Moro. Moro não saiu da forma mais apropriada, a sua demissão já traria consequências para o governo.

Presidencialismo de coalizão e diálogos com líderes partidários: No início, a expectativa, baseada no pragmatismo e nas ideias reformistas do governo, era de que estas ideias seriam a convergência entre governo e parlamentares, buscando equilíbrio fiscal e maior produtividade. Em um primeiro momento essa abordagem funcionou, mas desde do final do ano passado e início deste ano, o presidente se viu obrigado a buscar uma nova forma de diálogo com o Congresso Nacional: uma aproximação mais cerrada aos partidos políticos para construir uma base para aprovar aquilo que nós julgamos necessário.

Braga Neto e Plano Pró-Brasil: A Casa Civil não estava “atropelando” o Ministério da Economia. Não existe um descarte das ideias de Paulo Guedes. Nesse momento o governo precisa “abrir a bolsa” pela gravidade da crise do coronavírus. O governo tomou uma série de medidas no intuito de manter a atividade econômica de pessoas e empresas durante a crise, mas, que uma vez passado isso, os fundamentos da nossa visão de equilíbrio fiscal e na busca das reformas administrativas reformas tributárias, de concessões e privatizações retomam à prioridade.

Retomada econômica: no final do ano passado, a Reforma da Previdência que se traduziu como otimismo e com resultado positivo na bolsa. A entrada do Covid-19 mudou todo o cenário, não se deve esperar uma retomada alinhada dos diferentes setores, alguns setores poderão sim escalonar em V, mas outros, por causa de oferta e demanda, deve demorar.

Desemprego: o presidente se preocupa desde o início da crise com a questão do desemprego e os efeitos da crise econômica na vida dos Brasileiros. O auxílio financeiro vem para socorrer o lado mais vulnerável. Existe monitoramento por parte da Inteligência, mas ainda não há indícios de ameaça de perturbação social. Existe também a possibilidade do auxílio se perdurar por mais tempo, em especial nas áreas que devem demorar mais tempo para se recuperar.

Investimento em Infraestrutura: É importante pensar em concessões e privatizações com toda a dificuldade que vai acontecer em um cenário pós-pandemia. O governo federal não terá recursos para investimentos tão altos. O investimento deve ser feito dentro dos limites da nossa capacidade, o nosso governo tomará cuidado com gastos e investimentos, mas recursos serão injetados no ministério de Infraestrutura e as obras serão muito bem estudadas em sua localização, buscando casar situação regional com a necessidade da obra.

Economia verde e Amazônia: A questão da sustentabilidade é predominante no século XXI e existe uma pressão mundial com relação à economia verde e proteção da Amazônia. A economia verde e o desenvolvimento sustentável devem ser buscados por meio de pesquisa, investimento em tecnologia, e preservação dentro da legislação brasileira. Existem muitas ideias, mas poucas soluções palpáveis que levem emprego e qualidade de vida para aquela população.

Venezuela: A Venezuela é um país sem condições de sobrevivência – a questão do petróleo e da queda de preços do petróleo influencia fortemente na sobrevivência econômica do país. Ainda existe diálogo, mesmo que informal entre os países, no entanto, não temos informações confiáveis da situação do Covid-19 na Venezuela.

Brasil e China: Brasil e China é um casamento inevitável. A China tem uma visão pragmática em relação a segurança social e precisa do Brasil para a importação de alimentos. Enquanto o brasil tem uma vantagem comparativa na produção agrícola e tem a China como um importante comprador. Apesar da importância de o Brasil olhar para outros mercados, como a África, a parceria com a China é importante e estratégica para ambos os países.

Embraer: A Embraer cumpriu todos os passos para aquilo que era o acordo com a Boeing, mas as crises do Covid-19 e da Boeing interferiram no acordo da junção das duas empresas. “Há males que vem para o bem”. A Embraer permanecendo no Brasil e a China que está expandindo desse tipo de aviação pode resultar em uma importante parceria. Uma visão positiva para o futuro da Embraer.

Bolsonaro e governadores: É um federalismo complexo. Os governos Estaduais no passado ficaram muito acostumados a serem socorridos pela união. Eduardo Leite (RS) é um caso positivo na reorganização de finanças do estado.

Diálogo com os outros poderes: O presidente está focado no processo decisório e o ministro Braga Neto trabalha na Casa Civil para construir uma sinergia das políticas públicas. O poder legislativo é importante, é outra parcela eleita e trabalhará em conjunto para superar as tensões. É o momento para pensar de forma positiva e amenizar os impactos da pandemia.

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