O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, determinou o fim do home office no órgão a partir de agosto. Em ofício, Stefanutto pediu que, até o dia 22 de julho de 2024, todas as unidades da Administração Central apresentem um plano de desmobilização do trabalho remoto, incluindo a justificativa para a manutenção excepcional de servidores em home office.
A decisão gerou descontentamento entre os servidores, que acusam o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de “politicagem” e alegam que a medida não resolverá os problemas de atendimento. Segundo eles, faltam equipamentos para o trabalho presencial, e seria necessário um investimento bilionário para viabilizar a iniciativa. Além disso, eles também argumentam que o home office quase dobrou a produtividade e foi crucial para a redução da fila de espera.
Dessa forma, os servidores estão buscando uma negociação nos bastidores com a gestão do INSS para encontrar uma alternativa que preserve os benefícios do teletrabalho, o combinando com um modelo de atendimento presencial. Além disso, o trabalho remoto continuará a ser utilizado, mas seguindo as práticas da Esplanada dos Ministérios e do setor privado.
Servidores do INSS ameaçam greve após fim do home office
A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) notificou o governo sobre uma possível greve a partir de 16 de julho. A paralisação afetaria tanto os trabalhadores presenciais quanto os que estão em home office. Estimasse também que pode prejudicar serviços essenciais como a concessão de aposentadorias e a análise de auxílio-doença.
A greve ameaça os planos do ministro Lupi de reduzir a fila do INSS para 30 dias até o fim do ano. Ela também impacta auditorias em auxílios, essenciais para o corte de gastos. Sendo assim, a categoria rejeitou oficialmente a proposta de reestruturação da carreira do seguro social apresentada em 4 de julho.
Eles não concordam com o alongamento da carreira. Também não aceitam a manutenção da remuneração de ingresso com ajustes no Vencimento Básico e GDASS. Além disso, são contra a criação de uma Gratificação de Atividade em substituição à GAE e os reajustes salariais propostos para 2025 e 2026.
Eles pedem que o governo apresente uma nova proposta mais alinhada às reivindicações da classe. Os servidores também pedem ao governo que agende uma nova reunião da Mesa Específica e Temporária do Seguro Social.