O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), afirmou neste domingo (18), que irá ignorar o parecer das consultas públicas a respeito da militarização das escolas públicas no DF, alegando que a votação tem caráter consultivo e não deliberativo.
O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407 de Samambaia e o Gisno, na Asa Norte, rejeitaram a proposta. “Foi uma forma de envolver a sociedade no debate. Mas a decisão está tomada. Só não vou implementar a gestão compartilhada nessas escolas se houver decisão judicial contrária”, afirmou o governador.
O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) e alguns deputados distritais manifestaram sua opinião contrária a decisão e estão estudando recorrer à Justiça. “Estudei em um colégio militar em 2013 e, a minha experiência, não foi a melhor. Para mim, eles tentam criar soldados, não pessoas que vêem um espaço livre para a reflexão. Também não posso deixar de frisar as normas quanto a cabelo e vestimenta. Isso vai contra a diretrizes base da educação, que garantem a pluralidade de ideias e o direito da diversidade étnico-racial. Nós temos o direito de usarmos o cabelo, as roupas e a maquiagem que quisermos” argumentou uma aluna do 3º ano do ensino médio, Hilary Fehelberg.