A indústria de grandes usinas solares prossegue em sua marcha de sucesso no país. Conforme levantamento feito pela Greener, empresa de pesquisa e consultoria especializada no setor, serão investidos R$ 9,5 bilhões até 2025 nesses empreendimentos. São projetos de energia solar já contratados em leilões realizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O balanço mostra ainda que, até o ano passado, foram investidos R$ 10,6 bilhões em projetos solares no Brasil, com a contratação de um total de 4,4 gigawatts (GW). Desse total, uma parte está em operação (2,2 GW), outra parte está em fase de construção (1 GW) e uma terceira parte(1,1 GW) ainda não teve as obras iniciadas.
Na semana passada, a Enel Green Power (EGP), braço de geração de energia renovável do grupo italiano Enel (que enfrenta problemas com a distribuidora de Goiás, a antiga Celg D), anunciou o início de operação de seu maior projeto de geração de energia solar no país, de 475 MW de capacidade instalada. O empreendimento, localizado em São Gonçalo do Gurguéia (PI), consumiu investimentos de R$ 1,4 bilhão.
A Bahia lidera o total de usinas solares de grande porte, com quase 780 megawatts (MW) em operação. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 524 MW em operação, seguido por São Paulo, com 376 MW instalados, conforme dados da associação que representa o setor (Absolar).
Em relação a projetos já contratados, mas que ainda não entraram totalmente em operação, a liderança fica com o Piauí, com 1.147,4 MW, dos quais 270 MW estão em operação, seguido pelo Ceará, com 830 MW, estando 137 MW em operação.
Nos dois leilões de energia nova realizados no ano passado foram contratados 733,7 MW de 17 projetos de geração solar. Há um processo contínuo de queda nos preços da tecnologia, um dos fatores que justificam a expansão do setor.