A nova rodada da pesquisa Exame/Ideia Big Data sobre a popularidade do governo Jair Bolsonaro mostrou números estáveis. A avaliação negativa (ruim/péssimo) se manteve em 50%, mesmo índice registrado na sondagem feita em 7 de maio. A avaliação positiva (ótimo/bom) continua em 24%. E a avaliação regular oscilou de 24% para 22%. As oscilações registradas estão dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o Ideia Big Data, a insatisfação com o governo é mais elevada nas classes A e B, o que reflete uma impaciência desses segmentos com o ritmo da vacinação no país. De acordo com a sondagem, nas classes A e B, a avaliação negativa do governo é de 63%.
Por outro lado, o principal segmento de apoio do presidente Jair Bolsonaro são os evangélicos. Nesse público, a avaliação positiva de Bolsonaro atinge 38%, 14 pontos percentuais a mais que o registrado pelo presidente no total da pesquisa.
Eleições 2022
A pesquisa Exame/Ideia Big Data também fez simulações para a sucessão de 2022. A novidade trazida pelo instituto são as simulações de primeiro turno com a presença de apenas três candidatos, sendo possível medir qual nome da chamada terceira via pode ser mais competitivo.
Mesmo com simulações mais restrita em número de candidatos, a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) não é ameaçada. Lula tem leve vantagem sobre Bolsonaro nas simulações de primeiro e segundo turno.
Foram feitas oito simulações de primeiro turno:
Na primeira simulação, Lula tem 37%. Bolsonaro aparece com 32%. O ex-ministro Sergio Moro (Sem partido) registra 18%. Brancos, nulos e indecisos somam 14%.
Na segunda simulação, Lula soma 36%. Bolsonaro tem 32%. O apresentador da TV Globo, Luciano Huck (Sem partido), registra 15%. Brancos, nulos e indecisos contabilizam 17%.
Na terceira simulação, Lula tem 36%. Bolsonaro registra 32%. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) aparece com 15%. Brancos, nulos e indecisos somam 17%.
Na quarta simulação, Lula aparece com 35%. Bolsonaro tem 31%. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) soma 15%. Brancos, nulos e indecisos somam 19%.
Na quinta simulação, Lula tem 35%. Bolsonaro aparece com 33%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) registra 13%. Brancos, nulos e indecisos somam 20%.
Na sexta simulação, Lula registra 35%. Bolsonaro soma 32%. O governador Eduardo Leite (PSDB-RS) aparece com 13%. Brancos, nulos e indecisos somam 19%.
Na oitava simulação, Lula tem 35%. Bolsonaro registra 30%. O governador João Doria (PSDB-SP) tem 10%. Brancos, nulos e indecisos somam 25%.
Apesar da polarização bolsonarismo x lulismo, esse cenário não está consolidado. Vale registrar que a soma das intenções de voto do candidato da terceira via em todas as simulações com brancos, nulos e indecisos superam os 30%. Ou seja, há 1/3 de eleitores localizados fora da polarização.
O perfil dos indecisos
Segundo o Ideia BigData, os indecisos possuem o seguinte perfil: 60% avaliam o governo Bolsonaro como regular. 57% possuem renda mensal maior que 5 salários mínimos. 52% pertencem às classes A e B. E 51% moram na região Sudeste.
Vale registrar que o perfil de indecisos é similar a fatia da população que mais desaprova o governo, o que sugere um desembarque dos segmentos mais instruídos e de maior renda em relação a Bolsonaro.
Lula venceria Bolsonaro no segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o ex-presidente Lula (PT), com 45% das intenções de voto, superaria o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), que aparece com 37%.
Neste momento, Lula é o único que venceria Bolsonaro. Nas demais simulações de segundo turno, Bolsonaro vence Huck (45% a 39%), Ciro (40% a 37%), Moro (40% a 36%), Doria (46% a 33%), Tasso (44% a 30%)e Leite (44% a 29%).
Lula, por sua vez, além de superar Bolsonaro, também vence Huck (44% a 40%), Moro (43% a 40%), Ciro (43% a 35%), Leite (47% a 30%), Tasso (47% a 30%) e Doria (45% a 28%).