O relator da Medida Provisória que prevê a privatização da Eletrobrás, senador Marcos Rogério (DEM-RO), deve manter em seu relatório a obrigatoriedade de contratação de termelétricas a gás após a capitalização da empresa.
O texto aprovado na Câmara prevê que o governo contrate 6.000 MW de termelétricas movidas a gás natural, além de contratar energia de pequenas usinas hidrelétricas. Para deputados e senadores, essa obrigatoriedade pode levar a um aumento de tarifa.
Na noite de terça-feira (8), o relator esteve reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord. Eles defenderam que as termelétricas serão contratadas em substituição à contratação de usinas térmicas a óleo.
Segundo Mac Cord, hoje as usinas a diesel têm custo superior a R$ 1.000 por megawatt-hora (MWh). A troca por usinas a gás diminuiria o custo para R$ 350 por MWh.
Prazo para votação
De acordo com Marcos Rogério, o relatório da MP deve ser apresentado ainda nesta semana, para que a votação possa ocorrer no máximo na próxima semana.
Segundo ele, a preferência é por manter o texto enviado pela Câmara, mas não descarta aceitar emendas de senadores, se for necessário, para que o texto seja aprovado. Ele deve analisar nesta quarta-feira as emendas apresentadas pelos colegas.