Discussão sobre Auxílio Emergencial deve ser retomada em fevereiro

Imagem aérea mostra o Congresso Nacional e a Esplanada dos Ministérios. Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A possibilidade de prorrogação do Auxílio Emergencial continua forte dentro do Congresso, ganhando a defesa de 3 dos 4 principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado.

Para os parlamentares, é importante que o governo e o Congresso atuem juntos para encontrar uma saída para os brasileiros que ficaram sem o auxílio com a chegada de 2021.

“O Auxílio Emergencial não é um compromisso do MDB, mas sim com o país. Um auxílio, desde com responsabilidade fiscal, dentro do teto, é uma agenda para o país, um país que começa a passar fome”, disse Simone Tebet (MDB-MS) no evento em que teve sua candidatura anunciada para a presidência do Senado, na terça-feira (12).

Posição semelhante tem sido defendida pelos dois candidatos à presidência da Câmara dos Deputados.

Em entrevista coletiva, Arthur Lira (PP-AL) defendeu que o Congresso retome a discussão logo em fevereiro, seja pela criação de um novo programa social nos moldes do Renda Brasil, ou por um aumento do Bolsa Família.

“Com calma, com muita firmeza, o único caminho é de votar rapidamente o orçamento em fevereiro e mais rapidamente o governo fazer esse aceno (pelo novo programa social). Fora isso, é brincar com a situação das pessoas”, disse.

Baleia Rossi (MDB-SP) também tem defendido a retomada dessa discussão.

“É uma questão de reorganizar despesas. Governar é eleger prioridades, e acho que neste momento uma das prioridades tem que ser encontrar financiamento para: ou reforço do Bolsa Família, ou uma alternativa ao auxílio emergencial, enquanto não tivermos a vacina”, declarou.

Teto de gastos

Apesar dos candidatos não terem claro qual será o formato da ajuda a ser concedida pelo governo, um ponto é consenso: todos defendem que a solução seja encontrada dentro do Teto de Gastos.

“Eu não vejo esse tipo de declaração como um sinal de que vamos voltar para o Auxílio Emergencial nos moldes de antes. Os candidatos, sempre que falam nesse tipo de coisa, fazem alguma ressalva dizendo que isso precisa ser feito dentro do teto, abrindo algum espaço no orçamento”, explica Cristiano Noronha, cientista político e vice-presidente da Arko Advice.

As soluções apresentadas pelos candidatos costumam ser duas: 1- a criação de um novo imposto e; 2- abertura de espaço no orçamento por meio da PEC Emergencial.

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