Apesar das declarações do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), de que a aprovação da Reforma Tributária é prioridade para o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (3) que o tema divide a Câmara.
De acordo com Guedes, há uma divergência sobre quais matérias devem ter prioridade para serem votadas. O ministro também afirmou que o impasse se deve à disputa pela presidência da Câmara.
“Com esse desentendimento político envolvendo a disputa da presidência da Câmara, a conversa está parcialmente interrompida. O eixo governista quer a aprovação do Banco Central independente e da reforma administrativa, que já está lá, e o relator e o presidente da Câmara preferem começar a tributária agora”, avaliou, durante participação no 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil (Enic).
A fala entra em contradição com o que os próprios deputados governistas tem falado publicamente. Como a reforma tributária também tem o interesse do governo federal, os parlamentares têm tentado não desprestigiar publicamente a tentativa de Maia colocar a proposta em votação.
No mesmo evento, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse que o governo apoia a votação da reforma tributária. “Maia quer votar a tributária, nós votamos com ele. Quando tem acordo, votamos rapidamente”.
Anteriormente, a liderança do governo publicou uma nota dizendo que, para dar andamento ao debate, aguarda a divulgação do relatório de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) sobre o tema.