O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, abriu duas investigações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques ao sistema de votação e suposta distribuição ilegal de benefícios financeiros durante o pleito.
A coligação de Lula, na disputa pela Presidência, havia apresentado ao TSE os dois pedidos de investigação por abuso de poder político e econômico. Benedito Gonçalves considerou que as ações preenchem os requisitos para serem aceitas. O corregedor deu prazo de cinco dias para os investigados apresentarem uma defesa.
Ontem, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que “ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar” em relação a atos antidemocráticos e disseminação de fake news. O ministro é relator de inquéritos que atingem o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, investigados por espalhar notícias falsas e atentar contra as instituições.
Ao participar de evento, ao lado do ministro Dias Toffoli, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, comentou os dados relativos a condenações nos Estados Unidos de pessoas que invadiram o Capitólio e outras responsáveis por propagar fake news, mencionados antes por Tofolli. “Fiquei feliz com a fala do Toffoli porque, comparando os números, ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar”, afirmou.
Patriota não destrói
Na solenidade de sua posse na presidência do TCU, o ministro Bruno Dantas fez um discurso criticando os atos de violência que ocorreram em Brasília na segunda-feira, após a diplomação do presidente eleito, Lula e seu vice, Geraldo Alckmin.
A plateia estava cheia de autoridades, como o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Bruno Dantas afirmou que “não é patriota quem destrói o patrimônio público ou privado, quem agride ou fere terceiros por diferenças ideológicas; quem se arma para derramar o sangue de seus patrícios”.
Ele também enalteceu a atuação do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, a quem chamou para sentar-se à mesa de honra do evento, quebrando o protocolo da cerimônia.