Comissão debaterá importação de arroz e suspeitas de fraude em leilão

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados promove na próxima terça-feira (18), uma audiência pública para debater a decisão do governo federal de importar 1 milhão de toneladas de arroz. O ex-Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, afastado por suspeitas de fraude no leilão do grão, é um dos convidados.

Medida busca repor estoques públicos de arroz do Rio Grande do Sul – Foto: Divulgação / Planalto

O debate será realizado às 10h15, no plenário 6, e atende a pedidos dos deputados Coronel Meira (PL-PE) e Tião Medeiros (PP-PR). De acordo com os parlamentares, apesar do aumento de 13% no preço do arroz no Rio Grande do Sul no último mês, há questionamentos sobre a real necessidade da importação.

Além disso, eles argumentam que existe o temor de que os preços subsidiados desestimulem os produtores locais. Segundo a Cohab, o Brasil deve produzir 10,5 milhões de toneladas de arroz na safra atual. Um aumento de 4,6% em relação à temporada passada.

O Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, deve colher cerca de 7,2 milhões de toneladas, um crescimento de 4,9%. No entanto, as enchentes recentes no estado causaram prejuízos à safra, ainda em fase de mensuração pelo Cohab. Sendo assim, o órgão revisou para baixo em apenas 200 mil toneladas a estimativa inicial para a produção gaúcha.

Suspeitas de fraude no leilão do arroz

Neri Geller – Foto: Gov./Reprodução

Na última quarta-feira (12), o Diário Oficial da União publicou a exoneração de Neri Geller. A decisão vem à tona após anúncio feito pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na terça-feira (11). O motivo alegado foi o suposto envolvimento de Geller em uma fraude relacionada ao leilão do arroz, recentemente anulado pelo governo.

As suspeitas surgiram devido à ligação entre duas empresas — Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e Foco Corretora de Grãos — e um ex-assessor de Neri Geller. Essas empresas, criadas em 2023, foram responsáveis por intermediar parte das vendas no leilão. Por fim, o fato delas receberem comissões pela ação levantou questionamentos sobre a integridade do processo.

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