A decisão de tornar Bolsonaro (PL) inelegível impossibilitando a pré-candidatura nas eleições presidenciais de 2026 causou um verdadeiro terremoto no cenário político brasileiro. Com a saída de um dos principais atores da direita nacional, partidos e candidatos começam a redefinir suas estratégias e alianças. Figuras proeminentes como o ex-juiz Sergio Moro (União/PR), a ex-ministra Damares Alves (PL-DF) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL-SP), despontam como possíveis sucessores do bolsonarismo, enquanto a esquerda se mobiliza para consolidar suas bases.
Na direita, a ausência de Bolsonaro abre espaço para novos líderes e o fortalecimento de partidos que antes estavam à sombra do ex-presidente. Sergio Moro, agora sem o estigma da polarização com Bolsonaro, busca ampliar seu apelo junto aos eleitores de centro-direita. Tarcísio de Freitas, por sua vez, tenta capitalizar seu sucesso administrativo em São Paulo, apresentando-se como um gestor eficiente e moderado. Damares Alves, com forte apelo entre os conservadores religiosos, pode ser uma figura chave para manter o eleitorado bolsonarista unido.
Bolsonaro inelegível é oportunidade de ouro
Por outro lado, a esquerda vê na saída de Bolsonaro uma oportunidade de ouro para recuperar terreno e evitar a fragmentação. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo com idade avançada, continua sendo uma força influente, apoiando possíveis sucessores como Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL-SP). O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) buscam consolidar alianças para formar uma frente ampla que possa enfrentar os candidatos de direita com maior competitividade.
O cenário eleitoral para 2026, portanto, se apresenta extremamente dinâmico e aberto. Sem a polarização extrema gerada por Bolsonaro, novos nomes têm a chance de emergir e conquistar o eleitorado indeciso. A disputa promete ser acirrada, com um jogo de estratégias políticas complexas e alianças inesperadas. Além disso, a possibilidade de surgimento de novos movimentos e partidos. O futuro do Brasil nas próximas eleições está mais incerto do que nunca, e todos os olhos estarão voltados para as movimentações nos próximos meses.