O governo Jair Bolsonaro é avaliado positivamente por 40% dos entrevistados, apontou a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (24). Em relação ao último levantamento, realizado em dezembro do ano passado, a popularidade de Bolsonaro cresceu 11 pontos percentuais, uma elevação bastante significativa considerando o cenário econômico adverso.
A popularidade de 40% registrada por Bolsonaro é muito similar aos índices verificados por outros institutos. Alavancada pelo auxílio emergencial, é possível que o presidente tenha chegado ao limite do aumento de popularidade decorrente do pagamento do benefício
A avaliação negativa, por sua vez, caiu nove pontos (38% para 29%) entre dezembro de 2019 e setembro deste ano. A avaliação regular oscilou negativamente de 31% para 29% no mesmo período.
Outro dado positivo para Bolsonaro é o fato da maioria dos entrevistados (50%) aprovar sua maneira de governar, índice superior aos que desaprovam (45%).
De acordo com a CNI/Ibope, a popularidade do cresceu mais entre os entrevistados com ensino fundamental, entre os que possuem renda familiar de até um salário mínimo, residentes nas periferias das capitais e que vivem nas regiões Sul e Nordeste.
O resultado da pesquisa reforça o impacto positivo do auxílio emergencial sobre a popularidade de Jair Bolsonaro. Nota-se que nem mesmo a redução do valor pago de R$ 600 para R$ 300 e o noticiário negativo em torno da questão ambiental atingiram a imagem do presidente.
A popularidade de Bolsonaro, como consequência, pressiona o governo e a equipe econômica a encontrar fontes de financiamento para um novo programa de transferência de renda a partir de janeiro do próximo ano, quando terminará o auxílio emergencial, pois sem essa ajuda, é possível que a avaliação negativa de Bolsonaro cresça, principalmente devido ao elevado desemprego.