Nesta terça-feira (30), o presidente Lula (PT) recebeu a proposta do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. O objetivo é equipar o país com infraestrutura tecnológica avançada e desenvolver modelos de linguagem em português adaptados às características culturais, sociais e linguísticas nacionais. Dessa forma, o plano prevê investimentos de R$ 23,03 bilhões até 2028.
Durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, Lula destacou a importância do plano. Assim, ele afirmou que o Brasil precisa ser ousado para avançar tecnologicamente.
O Brasil precisa aprender a voar, o Brasil não pode ficar dependendo a vida inteira. Nós somos grandes, nós temos inteligência, o que nós precisamos é ter ousadia de fazer as coisas acontecerem”, disse o presidente.
Sendo assim, o plano, aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, inclui 54 ações concretas dividas em cinco eixos:
- Infraestrutura e desenvolvimento de IA
- Difusão, formação e capacitação em IA
- IA para melhoria de serviços públicos
- IA para inovação empresarial
- Apoio ao processo regulatório e de governança da IA
No entanto, a presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, ressaltou a necessidade do uso ético da ferramenta.
Esse plano busca promover o desenvolvimento inclusivo e apoiar o vaso do potencial da inteligência artificial em diversos campos do conhecimento, impactando a produtividade e o comércio global, de forma ética e com equidade e alinhado com os valores humanos e a sustentabilidade ambiental”, completou a presidente da ABC.
Diversas fontes financiarão os investimentos, com a principal sendo créditos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), totalizando R$ 12,72 bilhões. Além disso, outros recursos virão do orçamento da União, setor privado e empresas estatais.
Um dos destaques do plano é a atualização do supercomputados Santos Dummont do Laboratório de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ). Ele está entre os cinco computadores mais poderosos do mundo. Por fim, o projeto contará com investimentos de R$ 1,8 bilhão