Brasil exige transparência nas eleições da Venezuela

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil emitiu um comunicado nesta segunda-feira (29), aguardando a publicação dos dados desagregados por mesa de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. Segundo o Itamaraty, esse passo é essencial para garantir a transparência e legitimidade das eleições realizadas no país vizinho.

Maduro, de 61 anos, ocupa o cargo desde 2013 – Foto: EFE/PRENSA MIRAFLORES

Assim, o Itamaraty parabenizou a Venezuela pela condução pacífica do processo eleitoral, realizado no último domingo (28). Além disso, confirmou o enviou do embaixador Celso Amorim, assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República, como representante brasileiro para acompanhar a votação.

Apesar do CNE anunciar a vitória de Nicolás Maduro com 51,21% dos votos e 80% das urnas apuradas, o candidato opositor Edmundo González e seus apoiadores não reconheceram o resultado. Na madrugada desta segunda, a líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que, com base em 40% das atas em posse da oposição, González seria o vencedor.

Reação às eleições da Venezuela

As reações internacionais ao resultado eleitoral, no entanto, variam. Enquanto líderes de países como Equador e Argentina não reconheceram a vitória de Maduro, outros, como Colômbia, Estados Unidos, União Europeia e o próprio Brasil, pedem a publicação das atas antes de se pronunciarem definitivamente. Países como Rússia, Bolívia, China e Cuba parabenizaram Maduro.

Em discurso após anúncio da vitória, Nicolás Maduro pediu respeito internacional aos resultados eleitorais. Maduro comparou a situação às acusações de fraude nas eleições dos EUA em 2020, sugerindo que a Venezuela não interferiu nas questões internas americanas.

Historicamente, os resultados eleitorais na Venezuela enfrentam desconfiança tanto interna quanto externa. No entanto, observadores como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não tenham identificado fraudes nos pleitos recentes. As acusações de fraudes passadas também não foram formalizadas no país.

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