Brasil envia 1,5 tonelada de alimentos à população de Gaza

Foto: GOV BR/FAB

O Governo Federal emprestou a aeronave VC-2 para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) enviar 1,5 tonelada de alimentos destinados à população da Faixa de Gaza. O carregamento é composto por arroz, açúcar, derivados de milho e leite. Na oportunidade, os alimentos serão entregues às autoridades do Egito para entregarem em Gaza.  

Essa é a segunda missão da Operação Voltando em Paz. Anteriormente, também houve o envio de itens de assistência humanitária. A primeira ocorreu em 18 de outubro, quando o VC-2 pousou no Egito, com equipamentos de filtragem de água e kits de saúde. 

A carga continha 40 purificadores de água com capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia. Com tecnologia e fabricação brasileiras, os equipamentos são capazes de remover 100% de vírus e bactérias da água. O acesso à água potável é uma das maiores dificuldades enfrentadas hoje pela população da Faixa de Gaza.

Além disso, foram desembarcados dois kits de saúde. Cada um atende até 3 mil pessoas ao longo de 30 dias. Com isso, eles são compostos por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas. Ao todo, são 48 itens em cada kit, com um total de 267 quilos de materiais.

Aeronave com kits com medicamentos – Foto: Gov BR/FAB

O material, após ser conferido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito, foi entregue ao Crescente Vermelho, movimento humanitário não vinculado a qualquer Estado e fundado em Genebra, na Suíça, em 1863, que assumiu a responsabilidade de coordenar a logística de transporte, o cruzamento da fronteira e as entregas em Gaza.

Brasileiros em Gaza

Um grupo de cerca de 30 brasileiros, atualmente, aguarda a abertura da fronteira de Gaza com o Egito para ser repatriado para o Brasil. De acordo com o embaixador Alessandro Candeas, responsável pela representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, a crise humanitária tem se intensificado e a situação nas cidades de Khan Yunis e Rafah, onde estão os brasileiros, é preocupante.

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“Estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza. Alugamos casas e conseguimos enviar recursos para que comprem alimentos, água, gás e remédios no precário mercado local. Estamos oferecendo apoio de psicóloga e médico a distância”, afirma Alessandro.

A expectativa do Governo Federal é que a fronteira com o Egito seja aberta o quanto antes para que os brasileiros possam chegar ao Cairo de onde embarcarão para o Brasil em mais um voo da Operação Voltando em Paz. “Os brasileiros têm que ser autorizados a sair o mais rápido possível pelas partes envolvidas, para retornarem a salvo ao Brasil”, finaliza o embaixador.

 

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