Às vésperas da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), na segunda-feira (23), o governo apresentou os principais pontos de interesse do Brasil no evento à imprensa nacional e internacional.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, a delegação brasileira apresentará os resultados positivos na redução do desmatamento na Amazônia, que caiu mais de 40% desde janeiro. A sustentabilidade da matriz energética, que possui 48% de fontes renováveis, também será destaque.
Representam o Brasil o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e diversos ministros, além de representantes de governo, setor privado, academia e sociedade civil. A expectativa é de presença de mais de 138 chefes de Estado e Governo na conferência que ocorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes.
Agenda da COP 28
A agenda de sustentabilidade é uma das prioridades do Governo Federal. O Congresso Nacional, que também possui representantes na comitiva brasileira, trabalha para aprovar medidas da área ambiental antes da realização da COP 28.
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Nesse cenário, o Brasil busca resultados significativos este ano para abrir caminhos para a COP 30, em 2025, com sede em Belém do Pará. O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, explicou que uma edição se relaciona à anterior.
“O objetivo principal dessa COP 28 é aprovar o que é conhecido como o Balanço Global do Acordo de Paris. Temos que ter um texto que mostre o que foi feito e o que falta, no contexto dos primeiros oito anos do Acordo. A principal expectativa da COP 29 é definir novo patamar para financiar a ação climática. Depois disso, na COP 30, os países devem apresentar suas novas NDCs”, destacou André Lago.
Meta ambiental
A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) é a meta de cada país para a redução de gases de efeito estufa. Em 2015, os países assinaram um acordo para limitar o aquecimento global a 1,5°C em comparação com os níveis pré-industriais.
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A meta brasileira estabelece a redução de emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005. Além disso, em 2023, o Brasil reiterou seu compromisso de alcançar emissões líquidas neutras até 2050. Ou seja, tudo que o país ainda emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas, recuperação de biomas ou outras tecnologias.