O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, decolou sábado de Recife rumo à Ilha do Sal em Cabo Verde. Seria uma escala de viagem oficial para a Suécia onde negociaria a venda dos aviões KC-360 da Embraer. Impactado com o noticiário sobre o gigantesco ataque terrorista do Hamas em Israel.
José Mucio Monteiro ordenou que a aeronave voltasse a Brasília. Além disso ainda no sábado os comandantes das forças se reuniram com o ministro para avaliar a situação. Assim neste domingo haverá uma reunião extraordinária com o Ministro das Relações Exteriores.
Para Thiago de Aragão, ceo da Arko USA, consultoria em geopolítica sediada em Washington, “a ofensiva do Hamas compromete irremediavelmente a narrativa de independência da Autoridade Palestina lançam por terra as tentativas de fomentar um diálogo construtivo entre a Autoridade Palestina e Israel, ainda que o Hamas seja o arquiteto da ruína desse diálogo” .
No meio da confusão, o PT condenou os ataques sem particularizar o Hamas. Já o presidente Luís Inácio Lula da Silva foi enfático e se declarou chocado com o ocorrido.
Desdobramentos do ataque do Hamas
Nas esferas governamentais existe o temor que o conflito transborde para outras áreas problemáticas sob o ponto de vista internacional. Além disso, existe a preocupação com até mesmo um ataque israelense ao Irã por conta do apoio desse país ao Hamas. O apoio iraniano ao Hamas se intensificou ao longo dos últimos anos, a partir do aumento do fluxo de linhas de crédito da China ao Irã, possibilitando que os persas resumissem o financiamento dado ao Hezbollah e ao Hamas. Também essa é uma das preocupações do governo brasileiro, dado que Benjamin Netanyahu, primeiro ministro israelense, vê Teerã como a fonte intelectual dos ataques.
Preocupado com a situação dos brasileiros em Israel, o Ministério da Defesa coordena uma missão de resgate promovida pela Força Aérea Brasileira (FAB) que deverá seguir para Israel nos próximos dias.