Após indicações de ministros, Lira garante apoio ao governo na Câmara

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (18), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), esclareceu como fica o apoio de seu partido, o PP, ao governo Lula, assim como do Republicanos. Ambos ganharam um assento na Esplanada dos Ministérios. O parlamentar prevê, a partir disso, uma “base tranquila” para votações na Casa.

“Há uma aproximação de partidos de centro que não faziam parte da base do governo para essa adesão. É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara, a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos”, afirmou Lira ao ser questionado sobre a entrada de seu partido no governo.

Lira avaliou que o Palácio do Planalto deve ter entre 340 e 350 votos, o que daria ao governo uma “base resolvida” na Câmara dos Deputados. Apesar de sua liderança na Casa, ele não garante todos os votos do PP para os principais projetos do governo. “Nenhum partido dá todos os votos. Mas eu acredito em uma base tranquila”, completou.

Lira também confirmou que o acordo com o presidente Lula envolve indicações para a Caixa Econômica Federal, não só para a Presidência, mas também para as 12 vice-presidências da estatal que, segundo ele, devem passar por sua aprovação. A Funasa, por sua vez, está na cota do Republicanos.

Medidas fiscais

Quanto à meta de zerar o déficit fiscal em 2024, o presidente da Câmara defendeu que governo e Congresso precisarão trabalhar juntos para aprovar as medidas arrecadatórias. A rusga causada por uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação ao poder excessivo do Legislativo foi classificada como um problema ultrapassado. “[A relação] sempre foi boa e vai continuar boa”, afirmou.

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