Em 2017 ocorreram fatos que terão grande repercussão no futuro. Em termos globais a eleição de Trump está provocando a ameaça e a intensificação das guerras no planeta. No Brasil a falta de credibilidade dos 3 poderes da República ganha espaço. As reformas propostas intensificaram a cortina de fumaça que colocam em segundo plano a reforma agrária, o combate a injustiça social, a conquista de uma educação de qualidade para todos e um desenvolvimento que tenha como base a ciência, tecnologia e inovação. O que nos espera em 2018?
Política e Economia
Em 2018 as imagens vergonhosas de políticos e grandes empresários envolvidos em atos ilícitos deverá continuar e talvez se intensificar. Nesse ano eleitoral a sociedade na sua maioria está cansada e desapontada com os políticos e cada vez mais intolerante com a corrupção. É hora de reagir e agir. A expectativa de mudanças na atitude de nossos governantes nos três poderes: executivo, legislativo e judiciário é grande. A renovação é uma boa receita para a saúde da nação.
As eleições de 2018 podem abrir caminhos para a solução das crises e para o aperfeiçoamento democrático. Se elegermos políticos com dimensão de estadistas podemos a partir de 2019 recuperar a credibilidade dos nossos governantes construindo uma sociedade brasileira justa e feliz.
Não devemos cair na armadilha de vender a preço de banana os nossos ativos que nos levarão a perder a nossa soberania e como consequência sermos um país colonizado. É urgente a instalação da auditoria da dívida pública que é a grande barreira para o desenvolvimento brasileiro. Oxalá a auditoria seja instalada em 2018.
Devemos prestar atenção aos ensinamentos de Mia Couto:
“Não se pode governar um país como se a política fosse um quintal e a economia fosse um bazar. Ao avaliar um regime de governação precisamos, no entanto, de ir mais fundo e saber se as questões não provêm do regime mas do sistema e a cultura que esse sistema vai gerando. Pode-se mudar o governo e tudo continuará igual se mantivermos intacto o sistema de fazer economia, o sistema que administra os recursos da nossa sociedade”.
Esse pensamento converge com o pensamento de Betinho:
“Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência, muda sim pela sua cultura”.
Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia
Essas 3 dimensões são os pilares a serem restaurados em 2018. O Sistema Único de Saúde deve ser consolidado através do incremento de verbas e o aperfeiçoamento de sua gestão permitindo uma assistência de saúde eficiente e de qualidade a todos os brasileiros como prega a nossa Constituição.
Oxalá que durante o processo eleitoral de 2018 possamos dar os primeiros passos para iniciarmos uma reconstrução no sistema educacional brasileiro, desde a primeira infância até a pós-graduação. Será uma oportunidade para darmos um salto na aprendizagem de nossas crianças e jovens estimulando e ampliando experiências notáveis como a instalação da Comunidade de Aprendizagem do Paranoá no Distrito Federal, uma escola pública, que será comandada pelo educador José Pacheco, fundador da Escola da Ponte em Portugal. O fortalecimento das Universidades públicas, que atualmente sofrem ataques instrumentalizados com o corte de recursos, deve ser uma bandeira em 2018.
Oxalá que em 2018 e nos anos seguintes o sistema de Ciência e Tecnologia possa sair do atual retrocesso que compromete as atividades de pesquisas em todas as áreas do conhecimento. Projetos estão sendo desativados acompanhado de uma evasão de cérebros. É extremamente importante consolidarmos a nossa potencialidade na ciência, tecnologia e inovação para podermos ser um protagonista importante na economia do século 21.
É pertinente lembrar o pensamento de Sócrates: “A vida sem ciência é uma espécie de morte”. A ciência será o instrumento mais valioso para apontar os melhores caminhos virtuosos para um Brasil que sonhamos.
Lembremos o pensamento de Leonardo da Vinci: “Os que se encantam com a prática sem ciência são como timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza de seu destino.