Ao participar de evento on-line promovido pelo banco Credit Suisse na quarta-feira, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que “o investidor sabe que pode investir no Brasil. O ministério fortaleceu a regulamentação, ganhou governança e superou expectativas”. E complementou: “Vamos garantir a maior era dos leilões.” Ao lembrar que foram leiloados 29 ativos este ano, prometeu: “E vamos leiloar mais 30 só em 2021.”
Para o segundo semestre estão previstas novas concessões de importantes ativos de transportes. E o maior leilão de rodovia do país, composto pela relicitação de trecho da BR-116 (Via Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo), agora integrado também pela concessão de trecho da BR-101 (Rio-Santos). O certame está previsto para outubro, com estimativa de investimento de R$ 14 bilhões.
Outro bloco compreende seis rodovias federais no Paraná, que serão relicitadas com o término do contrato de concessão que a União havia delegado ao governo do estado. O processo já passou por audiência pública e deverá ser debatido nas próximas semanas na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados.
Ainda no segundo semestre será realizado o leilão da Ferrogrão, ferrovia que ligará o centro de Mato Grosso, o maior polo produtor de grãos do país, ao porto de Miritituba, no rio Tapajós, no Pará. O traçado da ferrovia segue em paralelo à BR-163.
E será feita também a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), cujos portos se conectam com a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFMV) e com o trecho da BR-101 no Espírito Santo, já concedido ao setor privado, além de dois terminais portuários em Santos (SP).