Sinovac pede que governo Bolsonaro pare de criticar China para enviar insumos de vacina ao Brasil

Servidor da Fiocruz prepara vacina de Oxford/AstraZeneca para a primeira aplicação no Brasil. Foto: Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A farmacêutica chinesa Sinovac, desenvolvedora da vacina contra covid-19 Coronavac, pediu a diplomatas brasileiros uma mudança de posicionamento do governo em relação aos ataques do presidente Jair Bolsonaro à China. O pedido foi feito durante reunião, em Pequim, com o presidente da Sinovac, Weidong Yan, em maio, duas semanas após novos ataques de Bolsonaro ao país.

Yan teria mencionado a importância da mudança de comportamento político por parte do governo para garantir o envio de insumos ao Instituto Butantan, para a produção de vacinas no Brasil. A informação consta em um documento enviado pelo Itamaraty à CPI da Covid, obtido pelo jornal O Globo.

O ofício reproduz uma carta enviada pela Embaixada do Brasil em Pequim ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) com o relato de uma reunião ocorrida em 19 de maio na capital chinesa entre diplomatas e representantes brasileiros com o presidente da Sinovac.

A Sinovac e o Instituto Butantan firmaram contrato para a produção do imunizante no Brasil em setembro de 2020. Porém, nas últimas semanas, o cronograma acertado para o embarque do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) essencial para a produção da vacina, não foi cumprido, uma vez que receberam apenas 75% dos valores acertados.

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