Início » Recomeça batalha do TSE

Recomeça batalha do TSE

A+A-
Reset


Enfraquecido pela prisão de Rocha Loures, com a oposição aberta da Rede Globo – principal conglomerado de comunicação do país –, ameaçado de abandono pelo PSDB e sem colchão de popularidade (fruto da incapacidade de tratar do tema de forma estratégica), o governo Temer enfrentará o reinício do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em situação de fragilidade.

Antes do episódio Joesley Batista/Rocha Loures, existia a predisposição de manter o governo Temer incólume no tocante ao julgamento do TSE. O país iniciava a recuperação econômica, as reformas avançavam e os eventuais pecados de Temer se referiam a um passado que precisava ser superado.

Compartilhe pelo Whatsapp: http://bit.ly/2svEu9Y

No entanto, as denúncias de Joesley Batista envolveram o presidente em problemas atuais e em conexão com os temas em discussão no Tribunal. Por exemplo, Joesley falou que dinheiro de caixa 2 do PT abasteceu, por seu intermédio, o caixa do PMDB na campanha passada.

Buscas por pedido de vista

Assim, na terça-feira, será reiniciado o julgamento em um ambiente muito negativo para Temer. Antes havia a certeza de que ele contaria com, pelo menos, quatro votos em sete para manter-se no cargo. Hoje já não há essa certeza. Na conta a favor de Temer existe o risco de, pelo menos, duas surpresas negativas. O que pode resultar em uma retumbante derrota.

Face ao risco de derrota, os aliados de Temer devem buscar o pedido de vistas visando paralisar o andamento do processo e dar tempo ao tempo para ver se o ambiente muda.

O que pode mudar o jogo a favor de Temer? Primeiro é a isenção de culpa nos atos de Rocha Loures. Caso o ex-deputado assuma que os atos praticados nada tinham a ver com Temer, o presidente ganha fôlego.

O segundo fato refere-se à perícia da gravação de Joesley com Temer. Se a Polícia Federal disser que a gravação é nula para efeito de prova, Temer também ganha força e, provavelmente, irá contra-atacar.

Existem três possibilidades para os eventos do TSE desta semana:

a) adiamento do julgamento mediante pedido de vistas;

b) conclusão do julgamento com a rejeição do voto do relator;

c) conclusão do julgamento com aprovação do voto do relator.

O adiamento parece ser a alternativa mais provável. E, possivelmente, já deverá ocorrer no voto seguinte ao do ministro Herman Benjamim. O ministro Napoleão Nunes Maia, que era considerado voto a favor da separação da chapa para efeitos do julgamento, pode ser o primeiro a pedir vistas.

Apesar de Gilmar Mendes, presidente do TSE, declarar que não interessa ao tribunal arrastar o julgamento por semanas, não há consenso sobre o que deve acontecer e se a saída para a crise política deve ser dada pela Corte Eleitoral.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais