Pelo menos cinco grupos interessados no leilão da BR-163

Foto: Diogo Moreira/A2 FOTOGRAFIA/FotosPúblicas

O Ministério da Infraestrutura realizará o leilão para concessão do trecho norte da BR-163 (MT-PA) em 8 de julho, ou seja, 70 dias após a relicitação da BR-153 (GO-TO), em 29 de abril. Havia temor de que não houvesse interesse dos investidores na via pelo fato de a concessão ter prazo menor em relação a outras. Mas essa dúvida dissipou-se diante do interesse demonstrado por pelo menos cinco grupos, conforme publicou a Agência Infra na sexta-feira.

O trecho entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), porto situado no rio Tapajós, tem mil quilômetros, incluindo os 30 quilômetros da BR-230 (Transamazônica) que dão acesso diretamente aos terminais do porto. Por Miritituba é escoada a produção agrícola (milho, soja e farelo) de parte do norte de Mato Grosso. A carga é transportada em carretas até os terminais localizados na margem direita do Tapajós, de onde segue em barcaças até os portos do chamado Arco Norte, como o de Vila do Conde (PA) e o de Santana (AP).

Segundo a Agência Infra, pelo menos cinco grupos estão fazendo estudos ou sondagens para participar do leilão. Uma das interessadas, a trading Amaggi tem entre seus proprietários o ex-governador de Mato Grosso, ex-senador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, e seu primo, Eraí Maggi. A trading está associada ao empresário Guilherme Quintella, da Estação da Luz Participações (EDLP), e ao fundo de investimentos Vinci Partners.

Outro grupo que manifestou interesse na concessão do trecho da BR-163 foi a Hidrovias do Brasil, que já opera na região usando barcaças no transporte de grãos para terceiros de Miritituba aos portos do Norte. Outros interessados são a consultoria de engenharia Zetta, de Belém, a CCR (que detém concessão de várias rodovias e de aeroportos) e a EcoRodovias.

Em entrevista concedida após a sessão do leilão da BR-153, em 29 de abril, o diretor executivo da EcoRodovias, Nicolò Caffo, afirmou que a empresa tinha interesse nas próximas concessões rodoviárias previstas pelo governo e citou a BB-163, que ele havia conhecido pessoalmente.

O contrato de concessão terá duração de dez anos e os investimentos serão feitos para a manutenção da estrada. Devido ao intenso movimento de carretas, o piso da rodovia sofre desgaste sobretudo no período chuvoso da região. O prazo de dez anos do contrato foi definido para coincidir com o início de operação da Ferrogrão, ferrovia que será construída em trajeto paralelo à BR-163 e cujo projeto se encontra em análise.

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