O Ministério Público do Distrito Federal pediu nesta segunda-feira a condenação de George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos, acusados de envolvimento na tentativa de explosão de uma bomba instalado em um caminhão-tanque de combustível, nos arredores do aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro do ano passado. Os dois estão presos.
Um terceiro acusado da tentativa de explosão, Wellington Macedo de Souza, está foragido desde dezembro. A análise do processo do caso dele está suspensa. O Ministério Público (MP) pediu a condenação de Alan Diego dos Santos e George Sousa pelo crime de explosão, argumentando que eles expuseram “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.
Mas, o MP considera que é preciso aumentar a pena em um terço, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível. Como forte arsenal foi apreendido com George Washington Oliveira Sousa, o MP também pediu que seja condenado pelo porte ilegal de armas e pela posse de arma de fogo de uso restrito. Ele era colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
As investigações do caso apontaram que o plano foi feito no campamento montando em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília, por se concentraram seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, desde que Lula saiu vitorioso na eleição de outubro.
Pedido para Anderson Torres
A defesa do do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu a revogação de sua prisão preventiva, ou substituição por outra restrição “menos gravosa”. Os novos advogados que assumiram a defesa do ex-ministro afirmam que a liberdade de Torres não prejudicaria as investigações e relatam que ele estaria em “estado de tristeza profunda”. A defesa do ex-ministro também argumenta que as filhas de Torres estariam abaladas e que a mãe dele está com câncer.
“Anderson Torres entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, diz o pedido encaminhado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. O ex-ministro da Justiça teve sua prisão decretada em razão de indícios de omissão nos atos de vandalismo contra os Três Poderes no dia 8 de janeiro, quando ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e tinha viajado de férias para os Estados Unidos onde se encontrava o ex-presidente Jair Bolsonaro.