Milhares de argentinos saem à rua em defesa da vice-presidente Cristina Kirchner

Foto: Reprodução/Twitter

Um mobilização reuniu ontem milhares de pessoas em Buenos Aires em defesa da vice-presidente Cristina Kirchner, em repúdio ao ataque que ela sofreu na noite anterior. A maioria dos manifestantes já vinha se manifestando em favor da vice-presidente, por acreditar que ela é alvo de perseguição judicial.
Os atos de ontem, porém, também reuniram argentinos que foram às ruas tendo como principal bandeira a crítica à violência política, escancarada no atentado a Cristina.

O decreto de Alberto Fernández, que transformou o dia de ontem em feriado nacional em solidariedade a sua vice, também catalisou as manifestações ao favorecer o comparecimento em peso às mobilizações.

Manifestantes erguiam cartazes com a frase ‘somos todos Cristina’. Segundo o jornal La Nación, todos os ministros do governo deveriam participar dos protestos.

A maior manifestação teve como destino a emblemática Praça de Maio, onde desembarcaram centenas de pessoas durante a manhã, procedentes de diferentes partes da cidade. A praça abriga não só dezenas de organizações políticas, como também cidadãos independentes, que não pertencem a partidos ou organizações.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou o ataque sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Ao falar sobre o caso, ele relembrou a facada que sofreu na campanha de 2018 e ironizou tentativas de vinculá-lo ao episódio.

“Já mandei uma notinha. Eu lamento. Agora: quando eu tomei a facada, teve gente que vibrou por aí. Lamento. Já teve gente que tentou colocar na minha conta já esse problema. O agressor ali, ainda bem que não sabia mexer com arma. Se soubesse, teria sucesso no intento”, disse. Bolsonaro comentou o fato durante visita do presidente à Expointer, feira agropecuária em Esteio (RS).

O Papa Francisco também telefonou pela manhã para Cristina Kirchner, para prestar sua “solidariedade e proximidade neste momento delicado” após tentativa de assassinato na porta de sua casa. O papa foi arcebispo de Buenos Aires, antes de ser nomeado cardeal.

“O Papa Francisco se comunicou por telefone com a vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner para expressar sua solidariedade”, disseram porta-vozes da vice-presidente nesta manhã.

A Polícia Federal Argentina (PFA) apreendeu 100 balas de calibre 9 milímetros na casa de Fernando Andrés Sabag Montiel, o brasileiro preso por tentar atirar em Cristina Kirchner na quinta-feira, segundo informações do jornal La Nación.
Até sua prisão, Sabag Montiel, nascido em São Paulo, morava em um apartamento alugado de um cômodo no município de San Martín, na Grande Buenos Aires.

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