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Lula diz que país vai investir R$ 23 bilhões ao ano em infraestrutura

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O presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo investirá R$ 23 bilhões em infraestrutura em um ano, valor 4 vezes maior que o investido durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para isso, buscará capital externo.

Lula listou as condições políticas para captação de investimentos externos e criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro: “Para que um presidente da República possa atrair capital externo, tem que oferecer estabilidade política, social e jurídica”. Sem isso, segundo o petista, “ninguém vai colocar um centavo no país”.

Lula participou, no Porto (Portugal) do Fórum de Negócios Portugal-Brasil, organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e sua homóloga portuguesa Aicep (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).

No evento, Lula ressaltou que não privatizará estatais, mas buscará parcerias com empresários. Também, anunciou que quase 4 mil obras de escolas paralisadas serão retomadas. Além disso, voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic, que está a 13,75%.

O presidente comentou também os questionamentos em torno da base de apoio no Congresso Nacional: “A minha base é 513 deputados e 81 senadores, todos. Vamos esperar entrar os projetos e vamos ver qual é a nossa base.”

Críticas à Selic

No evento, Lula voltou a criticar, o patamar atual da taxa básica de juros da economia brasileira. A Selic está há oito meses em 13,75% ao ano, maior percentual desde 2016 e maior taxa de juros real (ou seja, descontada a inflação) do mundo.

O Banco Central, responsável por definir esse patamar, diz que os juros altos são necessários para controlar a inflação. “Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro (dirigindo-se a Antônio Santos da Costa), que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”.

Lula voltou a usar a frase “colocar o pobre no orçamento”, um dos lemas preferidos da campanha eleitoral do ano passado. E disse defender que os juros caiam para que haja estímulo ao crédito, o que poderia elevar o crescimento previsto para a economia brasileira ainda este ano.

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