Desde que chegou à Bélgica para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), em Bruxelas, que começou nesta segunda-feira (17), o presidente Lula tem tecido críticas aos países desenvolvidos devido a exigências feitas com relação a questões ambientais e climáticas. As criticas foram dirigas em especial aos países da União Europeia, com quem pretende concluir o acordo de parceria comercial com o Mercosul até ao final deste ano. Hoje (18) durante sua live semanal, ao falar sobre o tema, Lula cobrou desses países, investimentos prometidos ainda em 2009, quando participou pela primeira vez em uma Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP, que naquele ano aconteceu na Dinamarca.
Para o presidente, ainda tem muita coisa da boca para fora, promessas que não foram cumpridas. Lula afirmou que durante uma reunião na conferencia em 2009, que contou com a participação da China, Índia, outros países e após muita insistência, com a presença do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, “ali as pessoas prometeram que iriam dar U$$ 100 bilhões de dólares por ano para ajudar a cuidar do planeta. Até agora não deram e me parece que não querem dar”, cobrou.
O presidente disse ainda que durante a COP 15, havia uma “comunhão de interesse” dos países ricos para culpar a China pela poluição do mundo. “O Brasil disse não, a gente não vai culpar a China porque teve gente poluindo o planeta antes da China. Não foi a China que fez a revolução industrial. A revolução industrial que poluiu o planeta vem de 200 anos atrás. Eu quero saber se as pessoas estão pagando a divida que tem com o planeta terra”, declarou.
Por fim, Lula disse que “um país como o Brasil não tem que ficar implorando por dinheiro. Nós temos que fazer nossa tarefa, o Brasil é um país grande, precisa parar de se fazer de coitadinho”, defendeu. Ainda de acordo com ele, o Brasil não é um país pobre, “é rico, tem um orçamento grande, tem riqueza. Acontece que essa minoria se apoderou dessa riqueza. Então nós temos que tomar decisões, colocar dinheiro para preservar a amazônia é dever nosso, obviamente se o mundo tem interesse, pode nos ajudar, mas não é só o Brasil, tem vários outros países pequenos”, concluiu
Além da conferência dos bloco, Lula também participou de reunião nesta terça-feira (18) com lideranças latino-americans e europeias.