Dois leilões para início de geração de energia dentro de três anos (A-3) e quatro anos (A-4), realizados na quinta-feira, contrataram 51 projetos com a perspectiva de investimento de R$ 4 bilhões até 2025. Houve baixa demanda por parte das distribuidoras, com apenas três empresas participando na ponta compradora: Celpa (PA), Cemar (MA) e Light (RJ).
Foram contratados projetos das fontes geradoras eólica, solar fotovoltaica, hidrelétrica (pequenas centrais hidrelétricas – PCHs) e termelétrica a biomassa, com capacidade instalada total de 984,7 megawatts (MW).
No leilão A-3, venceram 33 usinas com potência instalada de 547,4 MW, a preço médio de R$ 165,11 por megawatt/hora (MWh), com deságio médio de 30,83% sobre o preço-teto inicial. No A-4, realizado em seguida, houve a contratação de 18 projetos com potência instalada de 437,3 MW, ao preço médio de R$ 174,62 MWh, com deságio de 28,82% em relação ao valor máximo.
Segundo o secretário executivo de leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Patrus, os resultados obtidos com os deságios geraram uma economia de R$ 2,542 bilhões aos consumidores, evitando reajuste tarifário de 1,31 ponto percentual. As estimativas consideram os preços máximos iniciais fixados para contratação e os preços médios finais negociados.
Os projetos vencedores serão implantados em dez estados. Usinas eólicas no Nordeste tiveram a maior potência contratada, com 33 projetos negociados, capacidade de 419,5 MW e investimentos de R$ 1,7 bilhão, no Rio Grande do Norte e na Bahia. Depois, vieram usinas solares, também localizadas em estados nordestinos.