Eleito na sexta-feira passada (05/08) para a presidência da Eletrobras, que dirigiu entre 2016 e no ano passado, quando era estatal, Wilson Ferreira Jr disse que a companhia tem potencial de ser uma das maiores empresas de energia renovável do mundo.
Um dos seus maiores desafios vai ser o de demonstrar que a privatização da maior empresa de geração e transmissão do país foi uma medida certa e gerará valor para o acionista e para todos os públicos, disse ao jornal Valor.
Wilson Ferreira assume a empresa no mês que vem. Antes, vai concluir a transição do comando da Vibra (ex-Petrobras Distribuidora), que já contratou uma empresa de “headhunter” para a escolha de seu sucessor, “que seja [uma pessoa] capaz de continuar esse trabalho que eu liderei”.
À frente da Vibra Energia desde fevereiro do ano passado, ele promoveu mudança radical no perfil da companhia, com a criação da plataforma multienergia que nos próximos dias vai se tornar completa, com o anúncio de uma operação ligada à atividade de gás natural liquefeito (GNL).
Essa plataforma foi formada com a aquisição de empresas que tornaram a Vibra “a maior em seus segmentos de atuação”. Compras de empresas ou formação de joint-ventures nos segmentos de etanol, comercialização de eletricidade, serviços de conveniência para clientes, e biometano, entre outros, mudaram rapidamente o perfil da Vibra, dentro de um plano de ser uma empresa que vai além da distribuição de combustíveis.
“Tomei a decisão de reassumir a Eletrobras porque há espaço para avançar em inovação e digitalização”, disse. Após dez anos, a Eletrobras, através de sua subsidiária Eletronorte, participou do último leilão de rede de transmissão de energia promovido pela Aneel, em 30 de junho, e arrematou o lote 8, em Rondônia.
US$ 430 bilhões contra mudanças climáticas
O Senado dos Estados Unidos aprovou ontem, por 51 votos a 50, um pacote de US$ 430 bilhões que visa combater as mudanças climáticas, reduzir preços de medicamentos e aumentar impostos corporativos.
O projeto inclui legislações climáticas mais significativas promulgadas nos EUA, com US$ 369 bilhões dedicados a programas climáticos e projetos de desenvolvimento de energia eólica e solar e de baterias que colocam energia limpa na rede.
A vice-presidente Kamala Harris, que preside o Senado, deu o voto de desempate. O plano foi aprovado após maratona, de dois dias de debates, com esforços dos republicanos para inviabilizá-lo.
O projeto de lei ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e ser assinado pelo presidente antes de se tornar lei, mas sua passagem pelo Senado marca a maior vitória recente do presidente Joe Biden. A votação na Câmara deve ocorrer na próxima sexta-feira.