Como resultado da distribuição de 10 debêntures vinculadas aos setores de energia, transporte, saneamento e telecomunicações, de acordo com o 88ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, divulgado na última terça-feira (11/5), as emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura alcançaram R$ 1,9 bilhão em março.
O debênture são valores mobiliários que representam a dívida de médio ou longo prazo da companhia e funciona como um empréstimo feito para que as companhias consigam realizar os seus planos.
Desde 2016, o prazo médio das emissões das debêntures de infraestrutura apresenta tendência de alta, atingindo, em 2020, 11,6 anos. Entre janeiro e março de 2021, esse prazo médio ficou na casa de 10,7 anos. Nesse mesmo período, a remuneração média das debêntures foi IPCA + 5,3%, superior à remuneração média de 2020, que fechou em IPCA + 5,2% ao ano.
No mercado secundário superior ao das debêntures não incentivadas, as debêntures incentivadas de infraestrutura continuam apresentando liquidez. Em março, esses valores apresentaram giro de 5,2% do estoque, contra 2,3% das debêntures não incentivadas.
Distribuição setorial
O setor de energia concentrou 44% das emissões entre janeiro e março, predominando na distribuição setorial de infraestrutura do ano. Em seguida vem os setores de transportes, com 42%, saneamento, com 11%, e telecomunicações, que alcançou 3% em igual período.
A demanda por Fundos de Infraestrutura aumentou em março de 2021: foram 169.580 cotistas contra 160.374 em fevereiro, perfazendo uma entrada líquida de 9.206 cotistas.