A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia desta quinta-feira (17) foi suspensa em razão da ausência do empresário Carlos Wizard, que alegou estar nos Estados Unidos e não compareceu ao Senado. A CPI ouviria também o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, que obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calado.
O empresário Carlos Wizard era esperado para depor à CPI por supostamente integrar um ministério da saúde paralelo. A secretaria da comissão foi procurada pelos advogados Wizard informando que o empresário não compareceria à reunião e solicitando uma audiência para “tratar de redesignação da data mais adequada dentro do cronograma dessa Comissão Parlamentar de Inquérito”.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), informou que a comissão adotará o procedimento de condução coercitiva, que é quando as autoridades policiais precisam garantir que a pessoa intimada a prestar depoimentos cumpra a ação. “Nesse sentido oficiaremos a um juiz criminal para que requisite autoridade policial para apresentação da testemunha faltosa ou determine que seja conduzido por oficial de justiça o qual poderá solicitar o auxílio da força pública.” Aziz também pediu que que seja oficiado junto a Polícia Federal para que o passado de Carlos Wizard seja retirado imediatamente.
A comissão havia sido notificada da decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso de um habeas corpus concedendo a Wizard o direito de não assinar termo de compromisso na qualidade de testemunha e que pudesse se recusar a responder perguntas dos senadores.
“O que me espanta é um cidadão procurar o Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir um habeas corpus para vir a essa CPI e ficar em silêncio nas perguntas que forem feitas a ele e ele não aparecer. Para que foi ao Supremo se não vinha? O ministro Barroso tem muitos afazeres dentro do trabalho que tem como ministro do STF”, disse Aziz.