Carrie Lam, chefe de Governo de Hong Kong, região semiautônoma da China, desmentiu suposto áudio vazado no qual dizia que queria deixar o cargo. Nesta terça-feira (3), Lam afirmou que não tem tal intenção, e foi imediatamente endossada por Yang Guang, porta-voz do Escritório de Assunto de Hong Kong e Macau.
Há três meses, a região vem sendo alvo de manifestações pró-democracia, desencadeadas poeta oposição a um projeto de lei que permitiria extradições à China continental, mas que tomou proporções maiores do que o foco inicial, com direito a conflitos violentos entre manifestantes e polícia, tornando-se a crise mais grave da ex-colônia britânica desde a sua devolução para a China em 1997.
Lam, na suposta gravação, diz que é imperdoável que sua gestão tenha feito tamanho caos e que, se tivesse a opção, a primeira coisa que faria seria renunciar e pedir desculpas à população, por ter limitada margem de atuação diante da crise, que chegou ao patamar de questão de segurança nacional e soberania para Pequim. A chefe de Governo, no entanto, defendeu-se alegando que o vazamento do áudio é inaceitável e que o conflito acerca de sua renúncia não existe.